Relógio Despertador
Telefone para surdos
Nesse contexto, são alguns exemplos de barreiras ao acessar o conteúdo de uma página:
Um segundo aspecto a ser considerado diz respeito à caracterização da deficiência, em que é importante apresentar como esta tem sido vista pela sociedade e quais as implicações/desdobramentos/conseqüências que este imaginário social projeta a respeito do sujeito com deficiência auditiva.
Uma pequena retrospectiva histórica, as características da educação para os surdos e os componentes ideológicos nela presentes são objetos da exposição de Flaviane Reis (Pedagoga e Mestre em Educação) em uma palestra no Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa Portadora de Deficiência. Leia este interessante trabalho acessando o link: http://www.mj.gov.br/sedh/ct/conade/palestras_sub.asp e clicando em A Educação Inclusiva e os Diversos Olhares - Deficiência Auditiva.
Uma outra abordagem, agora mais direcionada a questões ligadas ao trabalho de orientação das pessoas que precisam de auxílio é apresentada pela Fonoaudióloga Thaís Helena Camargo Ceschin, (Especialista em Audiologia). Como o texto não é demasiado longo, tomamos a liberdade de apresentá-lo na íntegra.
Veja o que diz Thaís:
"A OMS (1993), destacou que no Brasil cerca de 10% da população geral, são portadores de deficiência. A deficiência auditiva de grau e etiologia variada, ocupa o terceiro lugar entre as deficiências existentes no país. Muitos autores, no decorrer do século, estudaram e muitos ainda estudam a importância da audição no desenvolvimento do ser humano. Segundo eles, a audição é o canal nobre de todos os indivíduos, pois é a porta de entrada, iniciada antes do nascimento, das informações fornecidas por uma mãe ao seu bebê, que o levará um dia a se entender, desenvolver sua identidade, compreender o mundo que o rodeia, expressar ao outro seus anseios e suas necessidades, estabelecendo assim o início dos vínculos sociais, interações inter e intra-pessoais. A criança que apresenta deficiência auditiva sente a perda desse sentido e sabe da necessidade em se comunicar, sozinha ela busca meios de compensá-la, seja através da linguagem gestual e da leitura orofacial. As primeiras comunicações do bebê com o seu mundo ocorre por volta dos 6 meses de idade e permanece graças a sua audição. O bebê que perdeu este sentido, com o tempo, passará a “falar” (balbuciar) com menos freqüência. É nosso objetivo, como fonoaudiólogos, proporcionar a estas crianças um caminho, seja ele através da linguagem oral, gestual ou as duas ao mesmo tempo, favorecendo assim a interação d acriança com o mundo ao redor. É também, nosso dever esclarecer aos pais dessa criança, qual é o problema existente e quais são as opções para que ela se desenvolva e entender de maneira clara o que é a deficiência auditiva. O guia de orientação familiar foi elaborado justamente para que pais, professores, amigos , enfim todos aqueles que estão em contato direto com a deficiência possam entender melhor o que vem a ser o problema apresentado. Este guia de orientação tem como meta maior atingir a população leiga, de forma a compreender e se familiarizar com uma deficiência, neste caso específico a deficiência auditiva na infância. A cultura brasileira nas diversas classes sociais,não esta preparada para conviver e "olhar" diferenças pessoais como parte da vida. Em paises desenvolvidos, a convivência e a deficiência andam lado a lado.Observamos isso no dia-a-dia,dentro dos meios de transportes e em lugares comuns de uma sociedade, como escolas, igrejas, centros comunitários e lares. Assim sendo, é necessário informar, levar ao conhecimento público de que a deficiência esta nas pessoas e que existe maneiras de se comunicar, para que cada vez mais essas pessoas sejam vistas como membro de nossa sociedade. Afinal, será que existe algum ser humano sem deficiência?" (Fonte:http://www.fonoesaude.org/da.htm)
Com a apresentação das dedinições, mesmo que em aspectos técnicos, e a abordagem de pontos de vista diferenciados quanto à Deficiência Auditiva – Educacional e de atendimento especializado – objetivamos apresentar uma caracterização dessa deficiência, mostrando que esta precisa ser vista de forma abrangente, respeitando as características das pessoas.